quinta-feira, 24 de maio de 2012

O incomparável e incompreensível amor de Deus



Há dentro do ser humano uma vontade de conhecer e compreender os fenômenos que ocorrem a sua volta. Como um autêntico representante da raça humana, venho há muito tempo tentando compreender o amor de Deus. Desde a infância me pergunto: Como é possível alguém me amar tanto? Porque Ele faria algo assim por mim? Essas questões pulsavam em minha mente, e comprimiam meu coração. Porém, relendo o capítulo de Romanos 8, me foi dado um novo entendimento.

É impossível que haja vida sem amor, e não há amor maior do que aquele que Deus demonstrou pela humanidade, "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” [João 3:16]. Sendo assim, estamos livres dos laços da morte por meio do amor de Cristo, que nos deu o Espírito da Vida, “Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte” [Romanos 8:2].

A nossa mente estava cativa, aprisionada pelos desejos incontroláveis da carne, e dessa forma estávamos afastados do Pai. Porém Jesus nos libertou desse jugo mortal, quebrando a vontade carnal que atuava em nós. O pecado foi derrotado por Cristo, e agora temos vida, “Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça” [Romanos 8:10]. Recebemos o Espirito Santo, que produz vida, e nos torna capazes de conhecer o Pai face a face, a ponto de chamá-lo “Aba, Pai”.

Por intermédio de Cristo agora somos chamados filhos de Deus. Esse direito que nos foi concedido, foi conquistado por um alto preço. Estávamos condenados ao castigo eterno, fruto de nossos intermináveis pecados, porém Jesus se fez pecado por nós. Ele sofreu a ira do Pai em nosso lugar, morreu para que nós tivéssemos vida, foi destituído de glória para que nós fossemos glorificados. “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados” [Romanos 8:18-19].

É evidente a dificuldade em compreender esse ato de total entrega, tornando ainda mais árduo seu agradecimento. Em nossas orações não sabemos como agradecer, adorar, conversar com o Pai. Nossa pequenez e fragilidade florescem diante da maravilhosa presença de Deus, “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” [Romanos 8:26].

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” [Romanos 8:28]. Dessa forma é possível perceber que todas as coisas estão debaixo do conhecimento de Deus, e nada foge do seu controle. E mais, Ele providencia tudo de que necessitamos nessa terra, ou seja, nada devemos temer, pois “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” [Romanos 8:32]

Temos vida e liberdade, somos filhos do Deus altíssimo, então “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” [Romanos 8:35-39].

O amor de Deus é incompreensível e incomparável e acima de tudo, ele é real. Viva e sinta esse amor. O amor do Deus nos traz vida, liberdade e segurança, pois não há lugar melhor do que nos braços do Pai.

domingo, 20 de maio de 2012

Nada faltará



Quando se fala de ansiedade, existem dois grupos: os muito ansiosos e os moderados. Contudo, sempre há certo nível de ansiedade nos seres humanos. Trata-se de um problema crônico presente na maioria das pessoas. Esse terrível sentimento tem causado sérios danos nas parcelas mais variadas da sociedade, dos mais idosos aos mais jovens. Mas o que realmente significa essa sensação ou sentimento? Acredita-se que é uma preocupação excessiva a respeito do futuro, ou seja, medo, inquietude e incerteza a respeito daquilo que está por vir.

De certa forma, aquilo que não conhecemos nos inspira medo e incerteza. Quando não é possível prever, temos a tendência de desconfiar, temer e investir muito tempo pensando no que há por vir. Analisamos o ambiente, as variáveis, o que pode afetar positivamente ou negativamente. Realizamos prognósticos, e em alguns casos até construímos alternativas para contornar o possível fracasso. Planejar, organizar e sonhar com o futuro não são práticas nocivas, mas quando deixamos de viver o presente temendo o que acontecerá, aqui temos um grande problema.

A palavra de Deus nos ensina a ser prudentes, vivendo o dia de hoje, “Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” [Mateus 6:34]. Então será que devemos nos esquecer do dia de amanhã? De maneira nenhuma! Em provérbios está escrito, “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento” [Provérbios 6:6-8]. Fica evidente que devemos viver o dia de hoje, pensando no amanhã, de forma sadia, crendo que o Senhor nos suprirá de todas as formas.

"Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”. [Mateus 6:28-33].

Mas e quando passamos necessidades? Em certas situações nos encontramos em terríveis secas? Parece que estamos no deserto, sem nenhuma perspectiva de mudança, não devemos pensar no amanha?

“O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” [Salmos 23:1-4]

Israel passou 430 anos cativo no Egito, e nesse período nunca lhes faltou nada. Quando atravessaram o deserto, suas roupas e calçados não se desgastaram. Deus proveu sombra e água fresca em meio ao deserto. Ele esteve com o povo durante todo o tempo, garantindo não apenas sustento material, mas principalmente, o suprimento da graça, amor e a presença maravilhosa do Senhor dos Senhores.

O Deus que guiou o povo e supriu suas necessidades, é o mesmo que está com você!

domingo, 13 de maio de 2012

Pescadores de homens: Mais bravos que o mar



Muitos filmes possuem a capacidade de nos emocionar, trazendo a tona alguns sentimentos. “Anjos da vida: Mais bravos que o mar [The Guardian]” é um grande exemplo. Retratando como mergulhadores da marinha americana arriscam suas vidas para resgatar as vitimas de naufrágio. O lema da corporação “So others may live – Para que outros possam viver”, nos mostra como a vida do próximo é importante.

Utilizando esse contexto, temos a frase de Jesus Cristo, quando Ele se depara com alguns pescadores na praia ele diz: “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” [Mateus 4:19]. Aquele que não poupou esforço algum para salvar a minha e a sua vida, também deseja nos ensinar como devemos doar as nossas para que outros possam viver.

Quando Jesus nos chama para sermos pescadores de homens, Ele deixa claro que passaremos muito tempo nas águas. Nós sabemos como é difícil a vida no mar. São as ondas do desanimo que tenta nos abater, a tempestade impiedosa das aflições, a solidão, e muitos outros elementos. O Senhor conhece bem todos esses fatores, já que Ele tem o controle sobre eles, “E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” [Marcos 4:41]. Sendo assim nós não devemos temer as condições do tempo, e a bravura dos mares, pois o nosso Senhor, e deles também, está conosco. Somos capacitados para vencer tais adversidades.

O espirito de equipe é outro elemento de grande importância, pois os resgates são realizados com sucesso quando o piloto, mergulhador, mecânico e torre de comando estão em sintonia, trabalhando em equipe. Nenhum membro da equipe deve sobressair, o trabalho é realizado por todos, logo cada integrante é essencial.

O Senhor nos chamou para servirmos na água, e na água seremos testados. Sendo assim, nós seremos treinados e capacitados no mar, ou seja, vamos ser provados no mar das aflições, nas ondas do desanimo, tempestades impiedosas, e muitos outros testes. Então, sabemos que as provações dessa vida fazem parte do treinamento de Deus.

“Quando as tempestades fecham portos inteiros, nós saímos. Quando os furacões paralisam a Armada, nós saímos”. Nós somos capacitados pelo maior e melhor mergulhador da história, aquele que não mediu esforços para nos salvar. As pessoas a serem resgatas esperam por um milagre, e aos 22 anos de idade [no meu caso] eu espero que Deus faça de mim esse milagre.

Ao termino de minha vida, eu espero repetir as palavras do apóstolo Paulo, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” [2 Timóteo 4:7].

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O conhecido desconhecido



Inicia-se mais um dia. Como de costume, realizamos atividades corriqueiras e saímos de casa. Após alguns passos, nos deparamos com um rosto familiar, mas nem tanto. Nossa mente processa rapidamente os dados sobre tal individuo, no entanto poucas são encontradas. Esforçamos um pouco mais, e... Nada. Sabemos que já nos deparamos com essa pessoa em algum lugar, existe alguma relação entre nós, porém esses laços são frágeis. Diante dessa cena temos duas opções, continuar a caminhada, ignorando a presença desse rosto estranhamente familiar, ou então nos aproximar e iniciar um bate papo, colocando de lado todas as dúvidas e constrangimento.

A cena descrita é mais comum do que possamos imaginar. Todos os dias passam pessoas que conhecemos apenas superficialmente, e na maioria das vezes nem as cumprimentamos. Essa reação é comum entre os seres humanos, pois não gostamos de interagir com o desconhecido. Onde não há intimidade não há confiança. Não gostamos de nos arriscar por caminhos que desconhecemos. De fato esse pensamento é lógico. Quem gostaria de se arriscar, cumprimentando um aparente conhecido e não ser correspondido? Onde não há conhecimento, também não há confiança, logo não há espaço para interação.

De maneira análoga é o nosso relacionamento com Deus. Todos os dias nós levantamos, e realizamos atividades habituais. Ao longo do dia, Deus, por meio do seu Santo Espírito, tenta se relacionar conosco. Contudo, quando não existe intimidade com Ele, nós continuamos a realizar as atividades. Sabemos que, de alguma forma, O conhecemos, essa voz é familiar, a presença não é estranha. Mas a falta de conhecimento provoca desconfiança, e consequentemente evitamos qualquer relacionamento.

A igreja de Atenas estava vivendo dessa forma. A falta de intimidade com Deus chegou a tal ponto que “Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO” [Atos 17:23a]. Eles estavam “adorando” o desconhecido. A voz de Deus era ouvida, sua presença sentida, e seu Espírito buscava relacionar-se com eles, mas eles não estavam dispostos a confiar, já que não o conheciam. Não estavam dispostos a confiar no Conhecido desconhecido.

Todos os dias somos convidados a nos relacionar com Deus. A cada instante Ele nos chama para momentos únicos de intimidade. Mesmo em meio a agitação do dia-a-dia é possível escutar a voz do Espírito Santo. Temos apenas que quebrar nosso senso comum, que nos impede de confiar no desconhecido. Mas será que Deus é realmente desconhecido para nós?

“Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome. [Isaías 63:16].

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele”        [1 João 3:1].

Somos filhos de Deus, sendo assim somos plenamente conhecidos por nosso Pai. Não há necessidade de desconfiança. Ele nos conhece antes mesmo de nosso nascimento.

Onde não há intimidade não há confiança. Sendo assim, viva a intimidade com o Senhor, e confie no Pai!