terça-feira, 21 de agosto de 2012

Perseverança



Certa ocasião, enquanto assistia a um filme na escola, me deparei com a palavra perseverança. “Desafiando Gigantes – Facing the Giants”, um filme sobre futebol americano e uma nova filosofia de treinos, pautada na Bíblia. Em determinada cena, o treinador pede ao capitão do time para realizar um exercício de grande esforço físico, rastejar por determinada quantidade de jardas carregando um companheiro. O jovem diz que consegue caminhar até certo ponto, contudo o treinador venda seus olhos e pede que ele dê o seu melhor, sem olhar para os números, e só parar quando não conseguir mais avançar. Para a surpresa de todos no campo, o capitão atravessa o campo, pois ele deu o seu melhor, ele insistiu, foi perseverante.

Essa cena ficou gravada em minha mente, e por muito tempo me deixou pensativo. Resolvi então procurar o significado dessa palavra e entendê-la melhor. “Qualidade ou ato do que persevera; persistência. Que insiste até alcançar. Firmeza, constância”.

Grande parte dos jovens se assemelha ao capitão da equipe de futebol americano, pois olha para as circunstâncias ao seu redor. A falta de perseverança está presente na grande maioria, são conhecidos como geração que tem tudo na mão. Poucos tiveram que lutar para alcançar algo na vida. Claro que existem exceções.

Podemos observar atitudes parecidas na história de Jeoás. “E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros! E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas. Então disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pós sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as do rei. E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás os sírios; em Afeque, até os consumir. Disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes, e cessou. Então o homem de Deus se indignou muito contra ele, e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os sírios até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os sírios” [2 Reis 13:14-19].

Muitas vezes a falta de perseverança está associada ao medo e insegurança, e esses sentimentos nos impedem de avançar. Deus, em sua palavra, diz “não temas” dezenas de vezes, sendo assim, eu acredito que Ele não estava brincando.

A perseverança deve estar presente em todas as áreas de nossas vidas. Dê o seu melhor, seja insistente, constante, firme, e deixe os resultados com Deus.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Esperar é confiar



Acredito que a grande preocupação do ser humano atual seja o tempo. As informações são trocadas quase instantaneamente por meios diversos, como: Internet, televisão, rádio, jornais e outros. A geração atual acostumou-se ter suas necessidades informacionais supridas rapidamente, e infelizmente esse “conforto” se espalhou para as demais áreas de nossas vidas, tornando-se assim um grande problema. A capacidade de esperar algo está presente em questões simples como uma fila para realizar um pagamento até as mais complexas, como resultados de vestibulares, aspectos financeiros, sentimentais, etc. Aquele que espera tem esperança de receber o que deseja, sendo assim, a espera está intimamente ligada a esperança. Da maneira semelhante à esperança está relacionada à confiança, pois ninguém espera com desconfiança.

A falta de paciência que nos foi passada pelos meios de comunicação reflete a nossa sociedade imediatista, ou seja, queremos tudo e agora. Entretanto esse comportamento não é benéfico ao ser humano, já que em algumas ocasiões a espera é inevitavelmente necessária. Sendo assim, a falta de paciência acompanhada pela ansiedade pode até ocasionar problemas de saúde.

Então como devemos nos comportar? O que devemos fazer para aprender a esperar? A resposta para esses questionamentos vale muito dinheiro, pois a falta de esperança e paciência assola o mundo desde o princípio dos tempos. Deus já sabia desses conflitos, e nos deixou orientações sobre esperança e confiança em sua palavra.

 “Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança” [Salmos 62:5]

“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo” [Romanos 15:13].

 “Pois tu és a minha esperança, ó Soberano Senhor, em ti está a minha confiança desde a juventude” [Salmos 71:5].

 “Você estará confiante, graças a esperança que haverá; olhará ao redor, e repousará em segurança” [Jó 11:18].

Todos os textos convergem para o mesmo ponto, nossa confiança deve repousar em Deus, “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre” [Salmos 125:1].

Não devemos fixar nossos olhos em coisas materiais ou seres humanos, pois eles são passageiros, “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” [2 Coríntios 4:18].

Em conversa com uma grande amiga, ela me disse uma vez: Você está muito ansioso e angustiado, Deus não deseja que você continue dessa forma. Foi então que ela me mostrou um dos textos mais lindos da Bíblia, "Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto" [Jeremias 17:7-8].

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cinco pães e dois peixinhos



Encontramos esses elementos na primeira multiplicação de pães e peixes, realizada por Jesus. Movido pela situação de seus seguidores, Cristo em um ato de extrema compaixão alimenta quase cinco mil homens, fora as mulheres e crianças. Essa passagem, encontrada no evangelho de Matheus capítulo 14, é chocante, pois nossa mente humana não consegue compreender tamanha graça e poder.

A história se inicia com uma terrível noticia a morte de um ente querido, João Batista. “Ouvindo o que havia ocorrido, Jesus retirou-se de barco em particular para um lugar deserto” [Mateus 14:13]. Cristo se retirou para o deserto a fim de orar, seu grande amigo, primo e companheiro no serviço de anunciar as boas novas havia sido brutalmente assassinado. “As multidões, ao ouvirem falar disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” [Mateus 14:14]. Mesmo em meio a tantos problemas e angústias, Ele continuou a obra que Deus lhe havia proposto.

O ápice da narrativa ocorre quando os discípulos pedem a Jesus que mande embora o povo, para que eles pudessem se alimentar nas cidades próximas. O local onde estavam era deserto, sendo assim poucos vilarejos ou aglomerados seriam encontrados. Jesus surpreende a todos e diz: "Eles não precisam ir. Dêem-lhes vocês algo para comer" [Mateus 14:16]. Ele designou a missão de alimentar a multidão aos discípulos. Contudo, eles não se julgam capazes, alegando possuir poucos recursos, “"Tudo o que temos aqui são cinco pães e dois peixes" [Mateus 14:17]. Depois de ouvir essa desculpa repleta de incredulidade, "Tragam-nos aqui para mim", disse ele. E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”. [Mateus 14:18-21].

Essa história nos mostra que Deus utiliza aquilo que temos em nossas mãos, ou seja, nossos talentos. Ele nos deu alguns talentos, para que pudéssemos ajudar as pessoas ao nosso redor. É necessário apenas que entregar tudo o que temos nas mãos de Jesus, para que ele nos capacite e nos use, a fim de alimentar a multidão.

Cristo nos ensina que poucos recursos nada significam, Ele é que nos capacita para realizar os milagres, basta que tenhamos vontade e disposição para servir. Não devemos dispor de grandes quantias monetárias ou recursos diversos, apenas desejar cumprir a vontade do Pai, isso nos basta.