sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sorriso




Um sorriso significa que possuímos motivos que nos deixam felizes. A cada gargalhada mostramos ao mundo que estamos satisfeitos. Cientistas mostram que as pessoas que sorriem mais, são aquelas que vivem mais. Uma pessoa alegre e sorridente é capaz de transformar o ambiente. Contudo, nem sempre é fácil sorrir, muitas vezes a vida é difícil, árdua, penosa e não nos proporciona motivos para nos alegrarmos. As intempéries sentimentais, financeiras, profissionais, familiares, espirituais e muitas outras são capazes de roubar nossos sorrisos. Sabemos que não existe fórmula mágica para alegria, mas existe uma maneira de não ser aprisionado por tais situações adversas. A única forma de permanecermos fortes e estáveis é nos firmando na Palavra de Deus, e confiando n’Ele. “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” [Salmos 125:1].

A Bíblia nos conta histórias de homens que passaram grandes tribulações, mas não perderam a fé e a confiança no Senhor. Gostaria de destacar a conhecida historia de Abraão.

Abraão, que foi constantemente citado pelo apóstolo Paulo, e destacado na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11. Um homem que teve uma dura jornada, trilhada na fé em Deus, pois foi levado de sua terra natal até um lugar desconhecido, o qual lhe foi prometido como herança. Enfrentou lutas no Egito, quando sua mulher foi cobiçada pelo rei. Ainda possuiu entraves com os servos do rei, sobre alguns poços de água. Seu parente Ló também lhe proporcionou algumas dificuldades. Esse homem passou por inúmeras tribulações que lhe poderiam ter roubado a felicidade, mas ele manteve a confiança no seu Deus. Até mesmo quando Deus lhe prometeu uma descendência como a areia do mar, ou as incontáveis estrelas do céu, Abraão manteve sua fé, mesmo não possuindo filhos. Essa ultima situação é, para mim, a mais difícil, pois naquela época, os homens desejavam filhos homens, para continuar sua história. Nesse contexto, acredito que não havia motivos para sorrir... Entretanto, ele creu.

No capitulo 15 de Gênesis, Abraão recebe uma visão, e Deus lhe promete um filho, um herdeiro. Apesar da idade avançada e de sua esposa não possuir vigor físico, “E creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto por justiça” [Gênesis 15:6]. O capitulo 18 do mesmo livro, Abraão recebe a visita do Senhor, que lhe promete um filho, no ano seguinte. O nascimento do menino é relatado no capitulo 21 de Gênesis. “E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha prometido. E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado. E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque” [Gênesis 21:1-3]. O menino nasceu, e foi chamado de Isaque, que significa “sorriso”, sendo assim, o Senhor deu um motivo para Abraão sorrir.

Isaque cresceu e deu muitas alegrias a sua família. No entanto, Deus decidiu provar a fé e a confiança de Abraão, Ele requisitou o sorriso de volta. No capitulo 22 de Gênesis, é retratado esse episódio. Deus pede a Abraão que sacrifique seu único filho. Calma, esse pedido é surreal. Como Deus pediria algo assim? E a promessa? Descendência como a areia do mar, Deus havia se esquecido? Esse pedido iria literalmente tirar o sorriso de Abraão. Contudo, esse herói da fé continuou a crer no Senhor. Ele havia andando com o Senhor há tanto tempo, conhecia sua fidelidade, pensamentos, planos, poder, amor, graça... Em um ato máximo de fé: “Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos” [Gênesis 22:7-8]. Chegando ao local indicado pelo Senhor, Abraão está prestes a entregar seu sorriso, quando o anjo do Senhor lhe adverte que não fizesse aquilo. “Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho” [Gênesis 22:11-12].

A fé de Abraão lhe foi creditada como justiça e também lhe proporcionou um grande sorriso. Esse grande homem de Deus aprendeu que muitas vezes devemos entregar aquilo que temos de mais precioso ao Senhor, não por que Ele deseja nos ver tristes, mas para que saibamos que Deus é o verdadeiro motivo da nossa felicidade, pois é n’Ele que temos a verdadeira alegria.

Muitas vezes temos de entregar nossos sonhos, planos, sorrisos ao Senhor. Pois a nossa maior alegria é o próprio Senhor. Quando percebermos isso, que Deus deve ser o nosso maior sorriso, estamos então aptos para viver os sonhos que Ele preparou para nós.

Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração” [Salmos 37:4].

sábado, 15 de dezembro de 2012

O cuidado de Deus



     
     É incrível acordar todos os dias e provar da companhia de Deus, sentir a sua presença, conversar com Ele, aprender mais da sua palavra. Incrível também é observar como Deus tem cuidado de cada um de nós, basta parar por alguns instantes e observar: Quantos acidentes já foram evitados, assaltos que não ocorreram, relacionamentos que não deram certo, lesões que não aconteceram quando praticávamos esportes ou uma simples caminhada. Há também vários outros exemplos e a maioria nem ficamos sabendo que Ele nos livrou.

     Depois de ler o clássico “As Crônicas de Nárnia”, especialmente “O cavalo e o Menino”, comecei a observar mais como Deus tem sido tão maravilhoso para conosco, e seus cuidados sempre nos livram e nos direcionam para o cumprimento de Seus planos.
(A partir de agora contarei alguns flashes do livro, caso você não tenha lido, Leia! Será uma benção para você!).

     A história de um garoto chamado Shasta, que era filho adotivo de um pescador cruel e mal humorado. Cansado de sofrer injurias e tanto trabalhar o garoto decidi fugir de sua terra com um cavalo falante que se tornou seu amigo. No decorrer de sua fuga ele atravessou uma floresta, onde ele foi “atacado” por vários leões. Em meio a tanta correria e adrenalina ele se deparou com uma menina, Aravis, que se encontrava na mesma situação, estava fugindo e sendo “atacada” pelos leões. Eles conseguiram escapar do perigo, e começaram certa amizade. Chegaram a Tashbaan, a capital do país e o plano era atravessar a cidade para enfim obter a liberdade. Entretanto algumas situações ocorreram e eles se desencontraram. Shasta chegou ao local do encontro, mas ninguém havia chegado ainda. Certamente era um local desagradável, se tratava de “Túmulos” antigos e no meio do deserto. A situação que parecia complicada, tornou-se ainda mais tensa, pois à noite apareciam chacais. Entretanto apareceu um ser que espantou os chacais, certo leão ou gato muito grande, difícil classificar quando se está sozinho, amedrontado e em um local péssimo!  Finalmente Shasta e Aravis se encontraram e cavalgavam para longe o reino de Arquelândia, para avisar ao rei que Tashbaan invadiria seu país. Depois de alguns contratempos e complicações, Shasta se viu em uma encruzilhada e não sabia qual caminho tomar. De repente apareceu um Leão majestoso e altivo, era Aslam! Os dois conversaram e Aslam contou ao menino que foi Ele que o “atacou”, para que Shasta e Aravis se encontrassem. Foi Ele que apareceu no deserto e espantou os chacais. E agora Ele estava ali para direcionar o menino para o Caminho Certo.

     A história é fantástica, muitas coisas intrigantes e sensacionais acontecem. Certamente a melhor história dentro das Crônicas de Nárnia, a meu ver.
Essa Crônica nos ensina que Deus está a todo tempo ao nosso lado, nos guardando e protegendo, pois Ele nos ama. Pode até parecer um “ataque” ou uma situação horrível, mas Deus está agindo, Ele está cuidando dos seus filhos!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Coisas ou Pessoas




Nos tempos atuais as ideias capitalistas têm tomando proporções espantosas, atingindo todas as camadas da sociedade, até mesmo as de menor poder aquisitivo. Não estou falando do poder de compra ou do número de bens, mas a necessidade de possuir objetos e a importância que é posta sobre eles. Os objetos estão tendo mais significado do que as pessoas, fato é que as pessoas gastam muito tempo no computador, celular e outros dispositivos. Entretanto, pouco tempo é dedicado à família, lazer, ação social e outras relações sociais. Temos de ressaltar que existem exceções.

Podemos dizer que tal problema é exclusivamente atual, mas essa análise seria um erro. Há dentro do homem uma necessidade de atribuir as coisas uma importância exagerada, e em muitos casos, utilizar seus bens para se exaltar e sobressair sobre os demais. Um pensamento comum ao longo das eras é “quanto mais bens, objetos de valor, mais eu feliz serei”. Esse pensamento terrível foi aderido por muitos seres humanos. Contudo, o ser humano foi criado para viver em grupo, em sociedade, interagir com os seus semelhantes. Uma sociedade, segundo o dicionário: “Conjunto de pessoas de uma mesma esfera; Reunião de pessoas unidas pela origem ou por leis”. Sendo assim, não precisamos estar cercados de coisas, mas sim de pessoas.

Para corroborar nosso pensamento, vamos analisar um trecho de Marcos:

Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe". Os seus discípulos responderam: "Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá-los?” "Quantos pães vocês têm?”, perguntou Jesus. "Sete", responderam eles. Ele ordenou à multidão que se assentasse no chão. Depois de tomar os sete pães e dar graças, partiu-os e os entregou aos seus discípulos, para que os servissem à multidão; e eles o fizeram. Tinham também alguns peixes pequenos; ele deu graças igualmente por eles e disse aos discípulos que os distribuíssem. O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. Cerca de quatro mil homens estavam presentes” [Marcos 8:1-9a].

No deserto, onde há falta de mantimentos, água e muitas coisas vitais, estava uma multidão, seguindo Jesus. Essa multidão estava faminta, e precisava se alimentar o quanto antes para não encontrarem a morte. Tal situação levou Jesus a compadecer-se do povo. Esse é um ponto chave, pois Jesus é o Filho de Deus, que tem todo poder e autoridade. Ele poderia simplesmente ordenar e os anjos trariam um banquete nunca visto na terra. Contudo, essa não era a intenção do Mestre. Ele ensinou uma das maiores lições aos seus discípulos e a nós, As pessoas são mais importantes que as coisas. Naquele lugar deserto, existiam poucas coisas, podemos ressaltar poucos pães e peixes, e outros utensílios, mas havia uma multidão. Cristo mostrou amor àquelas pessoas, mostrando aos discípulos que devemos amar as pessoas. Ele utilizou as coisas para ajudar as pessoas, mais uma vez Jesus nos mostra que possuir coisas não é importante.

Outro aspecto de grande importância foi o momento em que todos se assentaram para se alimentarem.  A palavra comunhão significa, pessoas que se reúnem para juntas partilharem de uma refeição. Sendo assim, outra vez o Mestre nos instrui a nos importar com o próximo, separar um tempo de qualidade, para conhecer vivermos em comunhão com as pessoas ao nosso redor.

Uma grande verdade universal não foi lecionada em grandes universidades ou centros de pesquisa, mas em meio ao deserto, onde há escassez de quase tudo. O povo seguia Jesus, pois o Mestre estava ensinando. Nessa ocasião Ele ensinou uma das maiores lições, as pessoas são mais importantes que as coisas.

sábado, 29 de setembro de 2012

Um por todos e todos por um




A famosa frase “um por todos e todos por um” está presente no clássico “Os três mosqueteiros” de Alexandre Dumas. Essa expressão representa a união existente entre os mosqueteiros. Eles estavam juntos, unidos, independente da situação e dispostos a enfrentar qualquer inimigo. Cada integrante possui uma particularidade, uma característica única. Essa sinergia, ou seja, união de todas as singularidades proporciona ao grupo grandes vantagens.

O livro de Neemias nos mostra outro grupo de pessoas que viveram a frase “um por todos e todos por um”. O povo estava reconstruindo os muros da cidade de Jerusalém. Contudo, os povoados vizinhos começaram a zombar e a desanimar os israelitas. Percebendo que essa tática não se mostrou eficiente, os inimigos decidiram armar-se para a guerra. Foi então que o povo se uniu, e terminou a reconstrução das muralhas em tempo recorde, 52 dias.

Essa passagem bíblica nos ensina muitas verdades sobre a caminhada cristã.                
Em primeiro lugar, quando nos dispomos a fazer a boa obra do Senhor, os inimigos se levantarão para nos desmotivar, desanimar e se possível destruir os sonhos que Deus nos concedeu. “Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: "O que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?”[Neemias 2:19]. Devemos então trabalhar para completar a boa obra do Senhor e estar prontos para a batalha! “Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá que estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta” [Neemias 4:16-18].

Segundo, os israelitas obtiveram sucesso na reconstrução dos muros porque agiram em conjunto, a frase “um por todos e todos por um”. Cada cidadão ficou responsável por reparar a parte da muralha que estava à frente de sua residência. Cada cidadão foi importante individualmente e como um corpo. Cada pedaço reconstruído foi importante para a reconstrução total. “A porta do Peixe foi reconstruída pelos filhos de Hassenaá. Eles puseram as vigas e colocaram as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Meremote, filho de Urias, neto de Coz, fez os reparos do trecho seguinte. Ao lado dele Mesulão, filho de Berequias, neto de Mesezabel, fez os reparos, e ao lado dele Zadoque, filho de Baaná, também fez os reparos” [Neemias 3:3-4].

Em terceiro lugar, quando os babilônios assolaram Israel, eles levaram para a capital todos os utensílios valiosos e também os sábios, homens e mulheres aptos para trabalharem como servos e escravos. Sendo assim, em Israel ficaram os velhos, crianças, aleijados, doentes e incapazes para o serviço braçal. Sendo assim, aqueles que reconstruíram a muralha, e em tempo recorde, foram àqueles deixados pra trás, os incapacitados. Quando Deus nos chama para realizar sua obra, Ele não chama os capacitados, ao contrário, Ele capacita os chamados.