sábado, 29 de setembro de 2012

Um por todos e todos por um




A famosa frase “um por todos e todos por um” está presente no clássico “Os três mosqueteiros” de Alexandre Dumas. Essa expressão representa a união existente entre os mosqueteiros. Eles estavam juntos, unidos, independente da situação e dispostos a enfrentar qualquer inimigo. Cada integrante possui uma particularidade, uma característica única. Essa sinergia, ou seja, união de todas as singularidades proporciona ao grupo grandes vantagens.

O livro de Neemias nos mostra outro grupo de pessoas que viveram a frase “um por todos e todos por um”. O povo estava reconstruindo os muros da cidade de Jerusalém. Contudo, os povoados vizinhos começaram a zombar e a desanimar os israelitas. Percebendo que essa tática não se mostrou eficiente, os inimigos decidiram armar-se para a guerra. Foi então que o povo se uniu, e terminou a reconstrução das muralhas em tempo recorde, 52 dias.

Essa passagem bíblica nos ensina muitas verdades sobre a caminhada cristã.                
Em primeiro lugar, quando nos dispomos a fazer a boa obra do Senhor, os inimigos se levantarão para nos desmotivar, desanimar e se possível destruir os sonhos que Deus nos concedeu. “Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: "O que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?”[Neemias 2:19]. Devemos então trabalhar para completar a boa obra do Senhor e estar prontos para a batalha! “Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá que estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta” [Neemias 4:16-18].

Segundo, os israelitas obtiveram sucesso na reconstrução dos muros porque agiram em conjunto, a frase “um por todos e todos por um”. Cada cidadão ficou responsável por reparar a parte da muralha que estava à frente de sua residência. Cada cidadão foi importante individualmente e como um corpo. Cada pedaço reconstruído foi importante para a reconstrução total. “A porta do Peixe foi reconstruída pelos filhos de Hassenaá. Eles puseram as vigas e colocaram as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Meremote, filho de Urias, neto de Coz, fez os reparos do trecho seguinte. Ao lado dele Mesulão, filho de Berequias, neto de Mesezabel, fez os reparos, e ao lado dele Zadoque, filho de Baaná, também fez os reparos” [Neemias 3:3-4].

Em terceiro lugar, quando os babilônios assolaram Israel, eles levaram para a capital todos os utensílios valiosos e também os sábios, homens e mulheres aptos para trabalharem como servos e escravos. Sendo assim, em Israel ficaram os velhos, crianças, aleijados, doentes e incapazes para o serviço braçal. Sendo assim, aqueles que reconstruíram a muralha, e em tempo recorde, foram àqueles deixados pra trás, os incapacitados. Quando Deus nos chama para realizar sua obra, Ele não chama os capacitados, ao contrário, Ele capacita os chamados.

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