A parábola do filho pródigo, localizada no capítulo 15 do evangelho de Lucas, é muito conhecida por todos os cristãos. Trata-se de um jovem que reclamou sua herança enquanto seu pai ainda estava vivo. Saindo de casa, ele curtiu a vida e aproveitou ao máximo os prazeres desse mundo, até que seus recursos findaram. Logo, seus amigos e felicidade também desapareceram. Abatido e desmotivado ele retorna a casa de seu pai, na esperança de trabalhar como um de seus empregados. Seu pai o estava esperando de braços abertos e realizou um banquete para comemorar o retorno de seu filho perdido. No entanto seu irmão, que até então pouco apareceu, se revolta contra a festa e a atitude de seu pai.
Essa história contada por Jesus nos revela muito sobre a caminhada cristã. Somos instruídos sobre a transitoriedade dos prazeres terrenos, perigo da rebelião, obediência aos pais... Contudo, o cerne dessa parábola está na Graça.
Nós somos o filho mais jovem que desperdiçou a herança de nosso Pai, caminhamos por veredas tortuosas que conduzem a morte, praticamos atos que entristecem a Deus, gastamos nossos dons e talentos em atitudes que não agradam a Deus. Éramos merecedores da condenação eterna, destinados ao fogo que nunca se apaga, pois “Porque o salário do pecado é a morte...” [Romanos 6:23a]. Porém o versículo continua, e nos mostra que recebemos a vida eterna da parte de Deus, por intermédio de seu Filho amado, “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” [Romanos 6:23b].
Graça é quando recebemos algo de forma imerecida, ou seja, de forma alguma deveríamos receber algo de alguém, no entanto a recebemos sem restrições. O filho desperdiçou a herança, abandonou seus parentes, praticou atos pouco honrosos, porém seu pai não considerou nenhum desses elementos, apenas abraçou seu filho e o amou. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” [João 3:16].
Uma curiosidade. Inicialmente os capítulos da bíblia não eram divididos e também não possuíam títulos, esses complementos foram inseridos após a circulação dos livros. Sendo assim a história contada por Jesus não se chama “O filho pródigo”. O termo Pródigo significa: “Que ou aquele que despende excessivamente; dá espontaneamente;”.
O verdadeiro pródigo dessa história é o nosso Deus, pois Ele despendeu excessivamente seu amor de tal maneira que deu espontaneamente seu Filho amado para que toda a humanidade fosse salva!
Muito bom, Kaizer! Confesso que o significado da palavra "pródigo" me pegou de surpresa... rsrs
ResponderExcluirAlgo que me chama atenção nesse texto, também, é a parte referente ao irmão do filho pródigo. Como será que recebemos àqueles que retornam para a casa do Pai? Com condenação, apontando as falhas, rejeitando, duvidando? Bobeira, né? Se o próprio Deus Pai os aceita de braços abertos e prepara uma grande festa de comemoração, quem somos nós para rejeitá-los?
Que Deus te abençoe, amigo! Sou sua fã, assim como vc é minha fã (hahaha, não resisti)
Bjos