No ano de 2001, “O Senhor
dos Anéis”, famoso livro de J.R Tolkien, foi adaptado como produção
cinematográfica e alcançou uma das maiores bilheterias da história do cinema. A saga, que se estendeu por 3 filmes, foi
finalizada no ano de 2003, quando “O Retorno do Rei” foi lançado.
A produção, considerada
pela crítica como um dos melhores filmes de aventura, discorre sobre um jovem Hobbit que
deixou sua pequena vila, o condado, para viver uma aventura que marcou a sua vida. Percorrendo diversas
paisagens, grandes conflitos pessoais, amigos inesperados, vilões cruéis e
alimentos exóticos, o foco da história está no anel e sua relação íntima com o
portador. Criado por Sauron, o senhor da escuridão, o anel foi perdido e passou
por vários personagens até chegar a Frodo Bolseiro, que o herdou de seu tio
Bilbo. O anel, que deseja voltar ao seu mestre, utiliza uma influência lenta e gradual
sobre o portador. Para evitar que o anel volte para Sauron, uma comitiva é criada para destruir esse poderoso artefato.
Esse grande mal só pode ser destruído no local onde foi criado, na raiz da
montanha, em Mordor.
A história é muito bonita e
os filmes foram bem produzidos, recomendo ambos. Durante a leitura, em vários
momentos, o leitor é “convidado” a sentir a adrenalina, medo, alívio e diversas
sensações que são oferecidas ao longo da narrativa. O espectador faz parte do
enredo.
Trazendo “O Senhor dos
Anéis” para a nossa realidade, podemos nos apropriar de vários elementos da produção
e pensarmos sobre nossa jornada cristã. De maneira semelhante, estamos em uma
longa jornada cercados por várias paisagens conhecidas e outras completamente
novas. Essa aventura não é solitária, temos vários amigos que nos ajudam a
terminar o percurso. Além disso, temos o “anel do poder”, o pecado, que tenta
nos influenciar e dominar.
Assim, também estamos em
uma jornada a fim de destruir o mesmo anel (pecado) que tenta nos dominar, de
forma lenta e gradual. Lutas e entraves, choro e batalhas, vitórias e algumas
perdas nos cercam constantemente. A caminhada não é fácil. Durante o trajeto,
alguns personagens seguiram por outros caminhos, outros tentaram dissuadir
“Frodo” sobre as qualidades do anel (pecado), e alguns tentaram carregar o
fardo para o personagem principal. Estas foram
as estratégias usadas pelo anel (pecado) e seu mestre, o senhor da
escuridão.
O jovem Frodo Bolseiro
trilhou muitos quilômetros até chegar ao coração de Mordor para completar seu
objetivo de destruir o anel. “E, desde os dias de João o Batista até agora, se
faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele” [Mateus 11:12].
Durante sua caminhada Frodo não tomou atalhos, ele prosseguiu, lutando, para
concluir sua missão. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”
[2 Timóteo 4:7].
Em nossa luta contra o
pecado, também não podemos tomar atalhos, desvios, e outras “saídas”. Temos que
seguir firmes, determinados a chegar à raiz do problema. É necessário combater
os inimigos, a influência do “anel” (pecado) e sua tentativa de nos dominar. A
batalha é árdua e deixará marcas que levaremos por toda a vida, “mas aquele que
perseverar até ao fim, esse será salvo”. [Mateus 24:13].
“Tenho-vos dito isto, para
que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci
o mundo” [Joao 16:33].