Certa vez uma terrível
tempestade atingiu uma pequena cidade. Infelizmente o sistema de drenagem não
estava preparado para tal volume de água. Dessa forma a pequenina cidade
começou a ser alagada. As águas subiam a uma velocidade assustadora, e muitas
residências já estavam submersas. Havia um homem que confiava em Deus, e logo
começou a orar pedindo ajuda ao Senhor dizendo: Senhor me salve! Senhor me
Salve! No mesmo instante, um morador vizinho passa de barco e grita: “amigo,
entre aqui e estarás a salvo!”. Entretanto, nosso amigo não aceita, dizendo:
“Clamei ao Senhor, Ele me enviará a ajuda”. O tempo passou e a água subiu
muito, deixando o homem isolado no telhado de sua casa. Quando a historia teria
seu desfecho, eis que surge um helicóptero do Corpo de Bombeiros, um homem
desce com uma escada e grita “Amigo, suba depressa, viemos te ajudar!”. Porém,
nosso querido protagonista replica: “Desculpe, mas estou esperando Deus me
salvar, ajude outra pessoa, estou bem”. Por fim a água subiu mais, e nosso
amigo acabou falecendo, pois não sabia nadar. Chegando ao céu, ele questiona o
Senhor: “Deus, porque não me salvou?”. Deus se levanta e calmamente explica:
“Filho, no primeiro instante, quando orou pela primeira vez lhe enviei socorro
através de seu vizinho, mas não aceitaste. Depois enviei os bombeiros para lhe
ajudar, mas novamente recusastes!”.
A simples história que
contei representa a realidade de muitas pessoas, que desejam milagres
grandiosos, esperando que o Deus todo poderoso desça dos céus em uma nuvem para
responder suas orações, semelhante aos filmes de Holywood. Deus realmente pode
fazer dessa forma, do contrário Ele não seria soberano, todo poderoso, e Rei
dos reis. Mas o fato é que em diversas ocasiões Ele prefere utilizar meios
naturais para realizar sua vontade.
Quando o povo Hebreu saiu
do Egito, em certo ponto teria de atravessar o mar vermelho, para continuar no
trajeto e chegar à terra prometida. Deus poderia dar uma ordem e as águas não
existiriam mais, ou então apareceria um grande barco, ou qualquer outro feito
grandioso. Todavia, o Senhor utilizou um fenômeno natural para separar as águas
e abrir passagem para o seu povo. “Mas os
filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como muro à
sua mão direita e à sua esquerda” [Êxodo 14:29]. Naquela região ocorre um fenômeno climático, no qual
fortes ventos atuam. “E viu
Israel a grande mão que o SENHOR mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao
SENHOR, e creu no SENHOR e em Moisés, seu servo” [Êxodo 14:31].
Pouco tempo depois, o
mesmo povo necessitava de água. Após caminhar sob um sol escaldante,
encontraram, mas não puderam beber. A água do local era amarga, e
impossibilitava o consumo. “Então
chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas;
por isso chamou-se o lugar Mara” [Êxodo 15:23]. O líder do povo clamou ao Senhor. Novamente, Deus
poderia realizar atos cinematográficos, no entanto, Ele mostrou que certa
árvore, bem próximo do local onde estavam, possuía certa qualidade de purificar
a água. Então, lançou-a na água, e esta se tornou doce. “E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma
árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu
estatutos e uma ordenança, e ali os provou” [Êxodo 15:25].
Em muitas ocasiões
esperamos que Deus realize coisas grandiosas, a fim de mostrar seu poder e
majestade. Porém, nos esquecemos de que Ele pode utilizar situações cotidianas
para nos responder. Agindo assim Ele não demonstra menos poder ou autoridade,
apenas mostra que tudo seguirá Seu propósito, pois Ele é soberano, poderoso e
sabe exatamente o que precisamos, no momento que precisamos e da forma que
precisamos. “E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” [Romanos 8:28].
"Então veio um vento
fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o
Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor
não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não
estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave” [1 Reis
19:11-12]. Nem sempre Deus se revela como esperamos!
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