quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lar, doce lar



Existe um ditado que diz: “Não existe lugar melhor que a nossa casa”, ou então a celebre frase “Lar, doce lar”. Essas expressões se referem aquele lugar onde encontramos nossos familiares, alimentos, proteção, livros, computador, e muito mais. Em geral, gostamos muito dos nossos lares, mas existem pessoas que não se sentem bem em seus lares, por motivos diversos. De maneira semelhante, a igreja de Cristo também é nosso lar, já que encontramos nossos muitos irmãos, encontramos a provisão da palavra expositiva e proteção contra o nosso inimigo. Infelizmente, a igreja também possui pessoas que não se sentem bem casa. Não estou querendo trazer discórdia ou polêmica, apenas quero tratar de assuntos que observo e infelizmente participo.

A principal função da igreja é cuidar das pessoas, sejam os membros, os visitantes ou os desconhecidos. Nosso papel como corpo é integrar a todos, ou seja, atuar em conjunto, agregando. “E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” [Hebreus 10:24-25]. Entretanto o nosso legalismo tem sido mais forte. Nossos preconceitos têm atuado de forma inversa. Ao invés de receber as pessoas com alegria, trazendo paz, agindo como um corpo, nós temos julgado as roupas, tatuagens, piercings, cabelo, e várias outras superficialidades. As pessoas que não estão dentro dos padrões “aceitáveis” são brutalmente isoladas. É claro que existem exceções, ainda existem pessoas que buscam integrar toda e qualquer pessoa. Exatamente esse é nosso maior erro como igreja, pois fazer o certo virou exceção! É principio básico amar o próximo, como Jesus diz: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” [Marcos 12:31].

Outro ponto de grande relevância é o nosso relacionamento estritamente profissional para com os nossos lideres, liderados ou amigos. É triste ver que o nosso primeiro amor está se apagando. Quantos relacionamentos se tornaram profissionais, ou seja, não existe mais aquela amizade verdadeira e sincera, apenas nos encontramos para resolver tarefas ministeriais, programações, ou como ajudar as outras pessoas, irônico não?! Será que temos realmente nos preocupado com nossos amigos? Sabemos como eles estão? Sabemos o que os tem afligido?

Recentemente assisti a um filme que mexeu com minha pessoa, Patch Adams – O amor é contagioso. Um homem que havia tentado suicídio se interna em um hospício, de livre vontade. Nesse lugar ele se relaciona com várias pessoas, e resolve se tornar médico, para ajudar as pessoas. Ao decorrer do filme, ele descobre que pequenos gestos de bondade, carinho e amor podem transformar outras vidas. Ele se veste de palhaço e promove risadas entre as crianças com câncer, persevera com pacientes rancorosos e abatidos pela doença, melhora o relacionamento entre médicos e enfermeiros, e muito mais. O contágio não fica restrito apenas ao hospital, mas afeta seus amigos de sala. Aqueles que anteriormente desejavam apenas estudar e serem reconhecidos por seus méritos, agora demonstram profundo amor para com as pessoas, e um ardente desejo de se relacionar com os pacientes.

A decisão de mudar tem de partir de cada um de nós. Uma pequena atitude pode transformar o dia, a semana, ou a vida de outra pessoa. Em conjunto podemos, e devemos fazer da nossa casa e nossa igreja um lar, doce lar.

“Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR” [Salmos 122:1].

Nenhum comentário:

Postar um comentário