domingo, 24 de março de 2013

A cruz de Cristo




A crucificação de Jesus foi o maior acontecimento da história, e até hoje temos reflexos desse ato. Para alguns significou a morte de um lunático, para outros o mundo perdeu um grande líder religioso, e há quem diga que os romanos mataram um bom homem. De certo, a morte desse homem atingiu a vida de muitas pessoas ao longo da história, mesmo daqueles que não acreditam em sua ressureição. Para nós, os cristãos, a crucificação de Jesus foi a maior prova de amor demonstrada por alguém, pois Cristo se entregou voluntariamente por nós. Ele tomou sobre si a nossa culpa e sofreu a condenação que cabia a nós. Ele reestabeleceu a relação entre nós e Deus. Dessa forma, a cruz possui significado ímpar.

Há algum tempo peço a Deus que me ajude a compreender o que foi a crucificação, como é possível alguém me amar tanto. Após ler alguns livros, estudar os evangelhos, orar e estudar a Palavra... De repente saltou aos meus olhos um grande ensinamento. A cruz era constituída por duas peças de madeira, uma vertical e outra horizontal. As duas peças representam o símbolo do cristianismo, as peças fundamentais. Quais são? “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. [Mateus 22:37]” e “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” [Mateus 22:39]. Sendo assim, podemos compreender que a haste vertical simboliza o nosso relacionamento com Deus. O primeiro mandamento trata da intimidade entre o Pai e seus filhos, sendo a parte primordial de tudo. Nada é mais importante que adorar e amar ao Criador. Jesus não foi um líder apenas de palavras, Ele praticava cada ensinamento, “Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava” [Lucas 5:16]. Cristo separava momentos para estar com Deus, os muitos afazeres não O impediam de se entregar em oração.

Semelhantemente, a haste horizontal representa o relacionamento entre os irmãos. Cristo nos ensina que o próximo é de valor inestimável. Da mesma forma que amamos o Pai, devemos amar nossos irmãos.  O amor e a compaixão devem ser os traços mais fortes dos seguidores de Jesus, pois Ele agiu dessa forma em todo tempo que esteve nessa terra. “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores” [Lucas 7:13]; “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas” [Marcos 6:34]; “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos” [Mateus 14:14].

O ultimo elemento da cruz, é a própria pessoa de Cristo. Ele foi responsável pela união entre Deus e os homens, ou seja, somente em Jesus é possível haver relacionamento pleno e perfeito entre Deus e os homens. Ele é quem nos conduz ao Pai, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” [Joao 14:6]. Da mesma forma Ele nos ensina sobre o relacionamento igualitário para com o próximo, “Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou” [Joao 13:16].

A cruz simboliza o cristianismo, logo, ame a Deus e ao próximo!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Naturalmente sobrenatural




Certa vez uma terrível tempestade atingiu uma pequena cidade. Infelizmente o sistema de drenagem não estava preparado para tal volume de água. Dessa forma a pequenina cidade começou a ser alagada. As águas subiam a uma velocidade assustadora, e muitas residências já estavam submersas. Havia um homem que confiava em Deus, e logo começou a orar pedindo ajuda ao Senhor dizendo: Senhor me salve! Senhor me Salve! No mesmo instante, um morador vizinho passa de barco e grita: “amigo, entre aqui e estarás a salvo!”. Entretanto, nosso amigo não aceita, dizendo: “Clamei ao Senhor, Ele me enviará a ajuda”. O tempo passou e a água subiu muito, deixando o homem isolado no telhado de sua casa. Quando a historia teria seu desfecho, eis que surge um helicóptero do Corpo de Bombeiros, um homem desce com uma escada e grita “Amigo, suba depressa, viemos te ajudar!”. Porém, nosso querido protagonista replica: “Desculpe, mas estou esperando Deus me salvar, ajude outra pessoa, estou bem”. Por fim a água subiu mais, e nosso amigo acabou falecendo, pois não sabia nadar. Chegando ao céu, ele questiona o Senhor: “Deus, porque não me salvou?”. Deus se levanta e calmamente explica: “Filho, no primeiro instante, quando orou pela primeira vez lhe enviei socorro através de seu vizinho, mas não aceitaste. Depois enviei os bombeiros para lhe ajudar, mas novamente recusastes!”.

A simples história que contei representa a realidade de muitas pessoas, que desejam milagres grandiosos, esperando que o Deus todo poderoso desça dos céus em uma nuvem para responder suas orações, semelhante aos filmes de Holywood. Deus realmente pode fazer dessa forma, do contrário Ele não seria soberano, todo poderoso, e Rei dos reis. Mas o fato é que em diversas ocasiões Ele prefere utilizar meios naturais para realizar sua vontade.

Quando o povo Hebreu saiu do Egito, em certo ponto teria de atravessar o mar vermelho, para continuar no trajeto e chegar à terra prometida. Deus poderia dar uma ordem e as águas não existiriam mais, ou então apareceria um grande barco, ou qualquer outro feito grandioso. Todavia, o Senhor utilizou um fenômeno natural para separar as águas e abrir passagem para o seu povo. “Mas os filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como muro à sua mão direita e à sua esquerda” [Êxodo 14:29]. Naquela região ocorre um fenômeno climático, no qual fortes ventos atuam. “E viu Israel a grande mão que o SENHOR mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao SENHOR, e creu no SENHOR e em Moisés, seu servo” [Êxodo 14:31].

Pouco tempo depois, o mesmo povo necessitava de água. Após caminhar sob um sol escaldante, encontraram, mas não puderam beber. A água do local era amarga, e impossibilitava o consumo. “Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara” [Êxodo 15:23]. O líder do povo clamou ao Senhor. Novamente, Deus poderia realizar atos cinematográficos, no entanto, Ele mostrou que certa árvore, bem próximo do local onde estavam, possuía certa qualidade de purificar a água. Então, lançou-a na água, e esta se tornou doce. “E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou” [Êxodo 15:25].

Em muitas ocasiões esperamos que Deus realize coisas grandiosas, a fim de mostrar seu poder e majestade. Porém, nos esquecemos de que Ele pode utilizar situações cotidianas para nos responder. Agindo assim Ele não demonstra menos poder ou autoridade, apenas mostra que tudo seguirá Seu propósito, pois Ele é soberano, poderoso e sabe exatamente o que precisamos, no momento que precisamos e da forma que precisamos. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” [Romanos 8:28].

"Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave” [1 Reis 19:11-12]. Nem sempre Deus se revela como esperamos!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Pescadores de homens: Mais bravos que o mar




Muitos filmes possuem a capacidade de nos emocionar, trazendo a tona alguns sentimentos. “Anjos da vida: Mais bravos que o mar [The Guardian]” é um grande exemplo. Retratando como mergulhadores da marinha americana arriscam suas vidas para resgatar as vitimas de naufrágio. O lema da corporação “So others may live – Para que outros possam viver”, nos mostra como a vida do próximo é importante.

Utilizando esse contexto, temos a frase de Jesus Cristo, quando Ele se depara com alguns pescadores na praia ele diz: “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” [Mateus 4:19]. Aquele que não poupou esforço algum para salvar a minha e a sua vida, também deseja nos ensinar como devemos doar as nossas para que outros possam viver.

Quando Jesus nos chama para sermos pescadores de homens, Ele deixa claro que passaremos muito tempo nas águas. Nós sabemos como é difícil a vida no mar. São as ondas do desanimo que tenta nos abater, a tempestade impiedosa das aflições, a solidão, e muitos outros elementos. O Senhor conhece bem todos esses fatores, já que Ele tem o controle sobre eles, “E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” [Marcos 4:41]. Sendo assim nós não devemos temer as condições do tempo, e a bravura dos mares, pois o nosso Senhor, e deles também, está conosco. Somos capacitados para vencer tais adversidades.

O espirito de equipe é outro elemento de grande importância, pois os resgates são realizados com sucesso quando o piloto, mergulhador, mecânico e torre de comando estão em sintonia, trabalhando em equipe. Nenhum membro da equipe deve sobressair, o trabalho é realizado por todos, logo cada integrante é essencial.

O Senhor nos chamou para servirmos na água, e na água seremos testados. Sendo assim, nós seremos treinados e capacitados no mar, ou seja, vamos ser provados no mar das aflições, nas ondas do desanimo, tempestades impiedosas, e muitos outros testes. Então, sabemos que as provações dessa vida fazem parte do treinamento de Deus.

“Quando as tempestades fecham portos inteiros, nós saímos. Quando os furacões paralisam a Armada, nós saímos”. Nós somos capacitados pelo maior e melhor mergulhador da história, aquele que não mediu esforços para nos salvar. As pessoas a serem resgatas esperam por um milagre, e aos 22 anos de idade [no meu caso] eu espero que Deus faça de mim esse milagre.

Ao termino de minha vida, eu espero repetir as palavras do apóstolo Paulo, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” [2 Timóteo 4:7].

quinta-feira, 7 de março de 2013

Subindo a montanha




O alpinismo é a prática de subir montanhas, através de caminhadas ou escaladas. É considerado um esporte de aventura, sendo assim envolve muitos riscos. O nome desse esporte se refere ao local onde tudo começou, os Alpes na Europa. Antes começar a subida, o alpinista necessita de vários utensílios, como: Bússola, Mapa, Roupas apropriadas, e muito mais! Uma expedição dura normalmente entre 2 a 3 meses, e cada local tem sua melhor época para ser escalado. Após muito estudar o trajeto, se preparar, ele começa a subir.

A primeira etapa consiste em montar o acampamento na base da montanha, onde os equipamentos necessários são instalados, temos o chamado “lar” para os aventureiros. São gastos vários dias para organizar tudo.

Chegou a hora da ação, vamos subir!

O alpinista sobe aos poucos, cada ele vence alguns metros. Não é recomendável avançar muito em um mesmo dia, nem mesmo dormir no ponto mais alto que se alcançou no dia, pois o ar rarefeito pode causar sérios problemas à saúde dos esportistas. Normalmente são montados 3 ou 4 bases até o topo da montanha, ou seja, o avanço é lento, mas constante.

A conquista do topo é um momento único, de extrema felicidade. Não importa se outros alpinistas já venceram a montanha ou se ele próprio já efetuou essa façanha, a conquista é surreal.

O alpinismo é um esporte sensacional, capaz de produzir sensações das mais variadas em seus praticantes, são pessoas de muita coragem. Entretanto me admira mais a perseverança dessas pessoas. Elas planejam a subida durante muito tempo, organizam suas vidas para o desafio, despendem tempo e recursos. A caminhada é árdua e lenta, mas eles não desanimam! Temos de ressaltar a condições climáticas, que são adversas e muito variáveis, ou seja, pode-se mudar o tempo drasticamente em questão de horas. A própria montanha também não ajuda, pois o trajeto é repleto de irregularidades e descontinuidades.

Esse cenário me parece familiar. Espere, essa é minha história, minha vida sendo contada através de um relato de viagem! Percebo que minha vida é uma escalada. Estou subindo para conquistar o topo, logo estou susceptível aos mesmos eventos que um alpinista. As condições podem não ser as mais favoráveis no momento, muitas dificuldades podem ser causadas pelo tempo.  A montanha da vida também pode complicar nossa aventura, muitas falhas no terreno, alguns tombos e até alguns deslizes, mas tudo faz parte da escalada. Sabíamos desses perigos e imprevistos quando começamos a planejar a subida.

Como é difícil esse esporte, não é mesmo?! Mas como verdadeiros alpinistas, não desistimos, avançamos sempre! Podem ser alguns metros, ou até mesmo alguns centímetros, mas o importante é sempre avançar, nunca retroceder. Temos também nossos utensílios indispensáveis, que nos ajudaram nessa escalada, e sempre que as neblinas nos tirar a visão têm-se a “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” [Salmos 119:105]. A palavra de Deus nos ensina a confiar no Senhor e prosseguir, perseverança, “Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto” [Jeremias 17:7-8].

A montanha pode ser alta, escura e tenebrosa, “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” [Romanos 8:37] .Ele já desceu ao mais profundo abismo, mas hoje está no mais alto dos céus, a destra de Deus, intercedendo por nós!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Perfeito Amor




Certa ocasião estava observando um casal. Era interessante o modo como eles demonstravam carinho nas palavras e nos gestos. A todo o momento eles queriam agradar um ao outro. Essa situação me levou a pensar sobre nosso relacionamento com Deus. Será que temos interesse em demonstrar carinho para com o Pai? Temos nos esforçado para realizar gestos de amor? Temos suspirado por momentos de intimidade com Ele? Essas perguntas têm sido muito frequentes em minha vida nos últimos dias.

Quando se fala de amor, acredito que a primeira reação é citar 1 Coríntios 13! “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine” [1 Coríntios 13:1]. Esse capítulo da Bíblia é muito usado em casamentos, pedidos de namoro, ou demais situações românticas. Esse fato é explicado pela intensidade de seus versos. Encontramos uma declaração de amor, pura e maravilhosa. Entretanto, é facilmente confundida com o amor humano. Esse equívoco pode ser explicado por uma interpretação errada.

A Bíblia inteira aponta para a pessoa de Jesus cristo. Em todas as suas páginas temos pessoas inspiradas pelo Espirito Santo, e falam sobre Jesus. “E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” [Lucas 24:27]. Davi e Golias nos mostra como podemos derrotar os gigantes em nossa vida, ou fala sobre como Jesus derrotou os gigantes que podem nos matar? Olhando através dessa ótica, a Bíblia aponta para Jesus e o que Ele fez, temos um novo entendimento. Ele é o verdadeiro e melhor Adão, pois ele venceu a tentação no jardim. Ele é o verdadeiro Abel, pois ofereceu um sacrifício puro e imaculado, entretanto foi brutalmente assassinado, mesmo sendo inocente. Jesus é o verdadeiro José, que a direita do Rei perdoa aqueles que o traíram. É nítido que a Bíblia aponta única e exclusivamente para Jesus e o que Ele fez, sendo assim, 1 Coríntios 13 está incluso! Esse capítulo da Palavra de Deus fala sobre Jesus e o que Ele fez por nós. Trata-se de uma declaração de amor.

“Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor” [1 Coríntios 13:5]. Cristo não desejou seus próprios interesses, pelo contrário Ele fez a vontade do Pai, e se entregou na cruz. Cristo não guardou rancor daqueles que o mataram, antes pediu a Deus que lhes perdoasse. “O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará” [1 Coríntios 13:8]. O conhecimento passa, as teorias mudam, contudo o amor de Jesus continua o mesmo por mim e por você. “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” [1 Coríntios 13:7]. Jesus sofreu por cada um dos nossos pecados. Ele suportou o peso da ira de Deus em nosso lugar, para que fossemos reconciliados com o Pai. Cristo sofreu em nosso lugar para que hoje fossemos chamados amigos de Deus.

A maior prova de amor que possa existir está escrita e descrita na Bíblia, em cada página. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna [João 3:16].