quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por favor, não sou uma coisa! Grato.



Os tempos contemporâneos têm revelado terríveis doenças sociais, como a falta de sensibilidade, descaso, egoísmo e outras. Em cada momento essas características ficam evidentes. No trânsito, por exemplo, as pessoas “dão um jeitinho” e não esperam a fila para realizar a conversão, outros tentam levar a melhor nas negociações e ostentam suas posses para menosprezar os outros. Resumindo: é importante estar bem consigo, o resto é apenas resto.

Infelizmente essa tendência da sociedade tem invadido as nossas igrejas, mas de outra maneira, falta amor ao próximo. Não temos tantos casos de “folga” no trânsito, até porque o adesivo da igreja no carro não nos deixa. Ainda não são frequentes as ocorrências de pessoas que são abastadas financeiramente, e por isso zombam ou menosprezam as outras, mas a falta de amor está presente na maioria das relações. Estamos ocupados demais para ir ao nosso próximo, atarefados para ligar para um amigo que não falamos há muito tempo e temos pendencias que nos impedem de saber como está nosso vizinho.

As relações de amizade estão mais frágeis e menos profundas. Os amigos são aqueles que estão mais perto e não precisamos dispender muito esforço para manter essa amizade. É muito “trabalhoso” sair da zona de conforto e ir até aquela pessoa que há pouco caminhava ao nosso lado.  Separar um momento do nosso dia para saber se nosso antigo amigo está bem, se a casa que tanto frequentamos está em ordem deixou de ser uma prioridade. Difícil mesmo é tratar as pessoas como pessoas. Infelizmente, é mais fácil enxergar o próximo como um objeto que em certo momento possui utilidade, mas depois pode ser descartado.

A perspectiva de mudança desse cenário não é muito favorável, já que as pessoas estão se acostumando com essas relações superficiais e materiais. Os indivíduos prezam por “ter” muitos amigos, ao invés de “ser” amigo de muitos.

É preciso relembrar o que Jesus nos ensinou sobre o amor ao próximo. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” [Marcos 12:30-31].

Temos que amar as pessoas como a nós mesmos, ou seja, dispender esforços para cuidar dos sentimentos de outros, zelar por seus familiares, sentir sua dor, sorrir e vibrar com as vitórias. Enfim, temos que fazer parte da vida do nosso próximo.

O maior ensinamento que Jesus nos deu foi a sua própria vida de entrega. Ele amou tanto a humanidade que deu sua vida por aqueles que nada mereciam. Suportou os arrogantes, chatos, mesquinhos, pobres, ricos e os legais. Jesus nos mostrou que as pessoas são importantes e que devemos amá-las como ele mesmo as amou. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” [João 3:16].

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Criticando os críticos


Os jovens são conhecidos por seu posicionamento e criticas. Os alvos são os mais diversos, dentre eles: Politica, Economia, Religião, Futebol, Filosofia, etc. Os grandes movimentos foram iniciados pelos jovens, ou obtiveram sucesso quando a juventude decidiu apoiar tal manifesto. Podemos citar a campanha das “diretas já”, movimento que desejava derrubar o regime militar no Brasil. Poderíamos citar inúmeros movimentos, não apenas no Brasil, não apenas na atualidade. De maneira semelhante, a juventude cristã da atualidade embarcou no movimento das críticas, e esse fato tem causado muita discussão, principalmente na internet.

A internet é uma ferramenta de grande utilidade para todos, pois temos acesso a um grande volume de informações em tempo real. Outra utilidade é a capacidade de “postar” o que pensamos sobre determinado assunto, gerando um debate e discussão, a fim de ampliar as fronteiras do saber e estreitar os laços interpessoais. Contudo, a internet também pode ser utilizada de maneira negativa, pois a pessoa pode “postar” o que quiser, quando quiser e sobre o que quiser. Algumas pessoas se tornam corajosas demais atrás do monitor, e atacam tudo e todos.

As “postagens” cristãs têm como alvo os pregadores, cantores, igrejas, e muito mais.  Os jovens gostam de criticar, sendo que muitos, não sabem quase nada sobre o tema em questão, não conhecem a vida da pessoa que estão criticando, e muito menos se é verdadeiro o fundamento que possuem. Alguém “posta” algo que ouviu falar, fazendo várias e duras criticas, sem se preocupar com o que realmente ocorreu ou se a fonte é confiável.

Não digo que as avaliações estão erradas, pelo contrário, devemos analisar, criticar e absorver o que é proveitoso. Contudo, a crítica em si mesma, sem promover crescimento, reflexão ou aprendizado é extremamente cruel, pois se trata de um ataque direto, sem defesa ou objetivo, a não ser humilhar e denegrir. Sem este entendimento as criticas só promovem raiva, angústia, rancor e demais sentimentos perniciosos.

Alguns podem dizer, “estou criticando com base bíblica, estou promovendo aprendizado para outros, estou corrigindo a luz da Palavra!”. Não se esqueça de que alguns fariseus também fizeram assim, “E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” [João 8:3-7].

A coragem e inteligência que muitos jovens possuem para criticar deveriam ser utilizadas para gerar uma autocritica, a fim de promover uma reflexão de si próprio.


Todos os que expõem o que pensam, criticam e apontam erros, estão sujeitos a serem provados no mesmo ponto. Sendo assim, tenha cuidado, já que você pode ser vitima de suas próprias palavras. “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” [1 Coríntios 10:12].