É relativamente comum ler
ou ouvir algo sobre a vida de Abraão, o pai da fé. Escutamos várias vezes
renomados pregadores abordarem temas como: “Esse homem se fortalecia dando
glória a Deus”, “O dízimo a Melquisedec”, “Aquele que esperou a promessa”, “Pai
de multidões”, e muitas outras. De fato, Abraão foi um homem espetacular,
íntegro, paciente, sábio e fiel. Ele caminhava e conversava com o Senhor. No
entanto, ele era homem, e passou por diversas lutas e problemas.
Logo no inicio de sua
história, Abrão é instruído por Deus, alguém que ele ainda não conhecia muito
bem, a deixar sua terra, suas origens, seu lugar de estabilidade. Deus ainda
promete a esse indivíduo uma posteridade abençoada e numerosa, algo de grande
valor naquela época. Após um período conturbado no Egito, onde seu relacionamento
conjugal sofreu um abalo[1].
Devido a sua prosperidade, Abrão possuía muitos rebanhos e bens. Esse fato
desperta a inveja em algumas pessoas, gerando conflitos entre os servos de seu
sobrinho Ló e os servos de Abrão. Para evitar mais desentendimentos, eles se
separam. Cada um parte em uma direção.
As intempéries da vida
estão atuando fortemente em Abrão. Desprovido de terras, longe de seus
parentes, problemas familiares e sem herdeiros. Um cenário pouco animador. Temos
ainda outros elementos cruciais nessa história, tais como: Guerra entre os quatro
reis, para salvar Ló, Nascimento de Ismael, Problemas com Agar, serva egípcia e
mãe de Ismael, Destruição de Sodoma e Gomorra, Estada em Negueb, onde mais uma
vez se escondeu atrás de sua esposa. São muitas dificuldades e problemas que
Abraão[2]
enfrentou. Até que no capítulo 22 temos o ápice da história, a meu ver.
A promessa divina se
cumpriu, e aos 100 anos nasce o filho da promessa, Isaac. Sobre esse garoto
estavam depositadas todas as esperanças desse velho homem, o futuro, sonhos e
anseios. Esse nascimento foi motivo de riso para todos, inclusive sua mãe Sarah[3].
A paz estava estabelecida
em suas fronteiras, o rei Abimelec selou um acordo em Bersabeia, sua casa estava
em ordem e com estabilidade. Abraão gozava de paz de tranquilidade.
Exatamente nesse momento
de maior tranquilidade, Deus faz um pedido assustador. Deus não pede que Abraão
sacrifique seu filho, Ele pede que Abraão entregue seu coração totalmente! Durante
a caminhada até o monte Moriá, local do “sacrifício”, Abraão tem tempo para
refletir e se lembrar de tudo que passou até esse momento. As inúmeras
dificuldades, problemas familiares, entraves militares, e como Deus o ajudou em
todos os momentos. Em cada situação o Senhor estava presente, fortalecendo esse
homem. Contudo, Abraão ainda não havia entregado seu coração totalmente a Deus,
alguns aspectos ainda pertenciam ao homem e não ao Senhor.
No monte Moriá Abraão
entregou sua vida totalmente a Deus. Quando o anjo mostrou o carneiro, ele
compreendeu a graça e a provisão do Senhor. Abraão entendeu que precisava ser
primeiramente filho de Deus, para depois ser pai de muitas nações.
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