A famosa frase “um por
todos e todos por um” está presente no clássico “Os três mosqueteiros” de
Alexandre Dumas. Essa expressão representa a união existente entre os
mosqueteiros. Eles estavam juntos, unidos, independente da situação e dispostos
a enfrentar qualquer inimigo. Cada integrante possui uma particularidade, uma
característica única. Essa sinergia, ou seja, união de todas as singularidades
proporciona ao grupo grandes vantagens.
O
livro de Neemias nos mostra outro grupo de pessoas que viveram a frase “um por
todos e todos por um”. O povo estava reconstruindo os muros da cidade de
Jerusalém. Contudo, os povoados vizinhos começaram a zombar e a desanimar os
israelitas. Percebendo que essa tática não se mostrou eficiente, os inimigos
decidiram armar-se para a guerra. Foi então que o povo se uniu, e terminou a
reconstrução das muralhas em tempo recorde, 52 dias.
Essa
passagem bíblica nos ensina muitas verdades sobre a caminhada cristã.
Em primeiro lugar, quando nos
dispomos a fazer a boa obra do Senhor, os inimigos se levantarão para nos
desmotivar, desanimar e se possível destruir os sonhos que Deus nos concedeu.
“Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o
árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: "O
que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?”[Neemias
2:19]. Devemos então trabalhar para completar a boa obra do Senhor e estar
prontos para a batalha! “Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus
homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos,
arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá que estava
construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma
mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos construtores trazia na
cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para
tocar a trombeta” [Neemias 4:16-18].
Segundo,
os israelitas obtiveram sucesso na reconstrução dos muros porque agiram em
conjunto, a frase “um por todos e todos por um”. Cada cidadão ficou responsável
por reparar a parte da muralha que estava à frente de sua residência. Cada
cidadão foi importante individualmente e como um corpo. Cada pedaço
reconstruído foi importante para a reconstrução total. “A porta do Peixe foi
reconstruída pelos filhos de Hassenaá. Eles puseram as vigas e colocaram as
portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Meremote, filho de Urias, neto de
Coz, fez os reparos do trecho seguinte. Ao lado dele Mesulão, filho de
Berequias, neto de Mesezabel, fez os reparos, e ao lado dele Zadoque, filho de
Baaná, também fez os reparos” [Neemias 3:3-4].
Em terceiro lugar, quando
os babilônios assolaram Israel, eles levaram para a capital todos os utensílios
valiosos e também os sábios, homens e mulheres aptos para trabalharem como
servos e escravos. Sendo assim, em Israel ficaram os velhos, crianças,
aleijados, doentes e incapazes para o serviço braçal. Sendo assim, aqueles que
reconstruíram a muralha, e em tempo recorde, foram àqueles deixados pra trás,
os incapacitados. Quando Deus nos chama para realizar sua obra, Ele não chama
os capacitados, ao contrário, Ele capacita os chamados.