Primeiramente gostaria de
conceituar a palavra Aliança[1]:
“Ato ou efeito de aliar ou de se aliar; Laço que prende duas ou mais entidades
que se prometem mútua amizade e auxílio; Acordo ou pacto entre países,
governos, grupos ou indivíduos com fim comum; Laço existente entre duas
famílias, mediante casamento; Anel, geralmente liso, que simboliza o casamento
ou um comprometimento (ex.: alianças de ouro)”. Existem várias definições para
a palavra aliança, e cada uma delas se aplica a determinado contexto, no
entanto, todas as definições convergem para o seguinte ponto: A aliança ocorre
entre duas partes. Podemos nos aliar a outras entidades por partilhar os mesmo
objetivos, para obter certa vantagem, para proteção, para preservação, etc. São
várias as formas de aliança e suas razões.
Sendo a Aliança um
proposito entre duas partes, é imprescindível que se conheça bem o outro lado
envolvido. Caso contrário, podem-se estabelecer laços e responsabilidades
extremamente complicados e danosos. A palavra de Deus nos concede grande
ilustração desse fato.
Após atravessar o rio
Jordão, os israelitas iniciaram a conquista da terra prometida por Deus. Vários
povos foram derrotados com o auxilio direto do Senhor. Ele conduzia seu
exercito na guerra em cada passo, estrategicamente, por intermédio de Josué. Alguns
povos se uniram para combater Israel, mas não obtiveram sucesso. Contudo, o
povo de Gibeom não foi destruído. “E os moradores de Gibeom, ouvindo o que Josué
fizera com Jericó e com Ai, Usaram de astúcia, e foram e se fingiram
embaixadores, e levando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho,
velhos, e rotos, e remendados; E nos seus pés sapatos velhos e remendados, e
roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e
bolorento. E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal, e disseram a ele e aos
homens de Israel: Viemos de uma terra distante; fazei, pois, agora, acordo
conosco” [Josué 9:3-6]. Esse acordo foi firmado rapidamente, sem que o Senhor
fosse consultado por seu povo. “Então os homens de Israel tomaram da provisão
deles e não pediram conselho ao Senhor. E Josué fez paz com eles, e fez um
acordo com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes
prestaram juramento. E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de fazerem
acordo com eles, ouviram que eram seus vizinhos, e que moravam no meio deles” [Josué
9:14-16].
A aliança estabelecida
entre os israelitas e gibeonitas trouxe prejuízo para ambas às partes, pois o
povo de Israel estava preso a seu juramento, sendo impossibilitado de possuir
aquela porção de terra. E o povo de Gibeom se tornou escravo de Israel, “E
Josué os chamou, e falou-lhes dizendo: Por que nos enganastes dizendo: Mui
longe de vós habitamos, morando vós no meio de nós? Agora, pois, sereis
malditos; e dentre vós não deixará de haver servos, nem rachadores de lenha,
nem tiradores de água, para a casa do meu Deus” [Josué 9:22-23].
Antes de nos aliarmos a
qualquer entidade, devemos conhecer a outra parte, e buscar a vontade de Deus.
Poderemos evitar grandes problemas dessa forma, seja uma sociedade empresarial
falida, um casamento frustrado, amizades catastróficas, graduações
desmotivadas, etc.
“Por isso não sejais
insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” [Efésios 5:17].